As peças de desinformação somavam centenas de compartilhamentos no X até a tarde desta quarta-feira (25).
Prenderam o Desembargador Sebastião Coelho por ele manifestar sua indignação diante da proibição de entrar no plenário, onde seu cliente Felipe Martins, está sendo julgado.
Posts nas redes enganam ao fazer crer que o advogado de Filipe Martins, o ex-desembargador Sebastião Coelho, teria sido impedido de atuar na defesa de seu cliente durante julgamento no STF. Apesar de ser um dos 34 denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República), Martins não integrava o núcleo que era alvo de julgamento nesta terça (25).
Coelho foi impedido de ar o plenário onde a Primeira Turma do STF julgava a denúncia da PGR do chamado núcleo 1, composto por Bolsonaro e outros sete aliados. Em nota à imprensa, o Supremo esclareceu que o desembargador não obedeceu às orientações, que previam a necessidade de credenciamento prévio de advogados e da imprensa.
Coelho argumentou que a divisão por núcleos não altera o fato de que se trata de um único processo, com 34 acusados reunidos em uma mesma denúncia.
O ex-desembargador foi encaminhado para assistir ao julgamento por meio de um telão no auditório da Segunda Turma, mas se recusou a permanecer no local. Ele então causou tumulto ao gritar palavras de ordem durante a leitura do relatório das denúncias por parte do ministro Alexandre de Moraes.
O advogado de Martins foi detido pela Polícia Judiciária por “flagrante delito por desacato e ofensas ao tribunal”. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou o registro do boletim de ocorrência. Em seguida, o ex-desembargador foi liberado.
Ex-assessor de Bolsonaro, Martins é um dos denunciados pela PGR por suposta tentativa de golpe de Estado e integra o núcleo 2 da denúncia, cujo julgamento está previsto para ocorrer entre os dias 29 e 30 de abril.
Aos Fatos remontou a linha dos acontecimentos a partir de reportagens publicadas na imprensa, informações oficiais divulgadas pelo STF e relatos compartilhados nas redes sociais pelo ex-desembargador Sebastião Coelho.