As peças enganosas acumulavam 5.300 compartilhamentos no Facebook e centenas de curtidas no Instagram até a tarde desta quarta-feira (4).
Se até agora ninguém foi preso pelo rombo do INSS, é sinal que não tem ninguém da direita envolvido
Posts que circulam nas redes enganam ao afirmar que não houve nenhuma prisão em decorrência das investigações que apuram descontos ilegais em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. Durante a Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União), foram cumpridos três de seis mandados de prisão temporária.
Os nomes das pessoas presas e suas orientações político-partidárias não foram revelados pela PF nem divulgadas pela imprensa. Também foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, que recolheram veículos, joias, quadros e relógios, com valor estimado em mais de R$ 40 milhões.
Aos Fatos questionou se os alvos dos mandados continuam presos, mas a PF não quis se manifestar.
Em nova fase da Operação Sem Desconto, a PF cumpriu nesta quarta (4) dois mandados de busca e apreensão em municípios de Sergipe. Em nota à imprensa, a corporação afirmou que o objetivo é arrecadar bens de valor ligados aos investigados, visando a “recomposição do erário público”, e mitigar os prejuízos provocados pela prática criminosa.
Até o momento, as investigações não fazem menção ao nome de nenhum político do governo ou da oposição. Há indícios de que as fraudes remontam ao menos a 2016, durante os governos de Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT).
Aos Fatos fez buscas na imprensa e no site da Polícia Federal e verificou que o órgão cumpriu mandados de prisão temporária contra suspeitos de fraudar o INSS. Os nomes e eventuais orientações políticas dos suspeitos não foram divulgados.
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